Parem a repressão<br>na refinaria do Porto
A célula do PCP na refinaria do Porto da Petrogal repudiou veementemente a «escalada da repressão que a administração tem exercido sobre os trabalhadores» e exigiu a anulação imediata da sanção aplicada ao presidente da direcção do Sicop.
Num comunicado, distribuído na refinaria na passada sexta-feira, o PCP afirma que o aumento da repressão «é bem visível, não só nos recentes procedimentos disciplinares instaurados a trabalhadores, membros das ORT e dirigentes sindicais, como também no ataque ao direito à greve». Depois de ter sido condenada, em tribunal, por um caso idêntico, a empresa voltou a atacar o direito à greve, descontando aos trabalhadores mais dias de salário do que os que correspondem ao período de paralisação.
Houve também uma «mudança de postura da empresa em relação a um conjunto de outras questões», como sejam: a extinção de postos de trabalho no Parque de Perafita e no Parque do Real; o novo regime de férias, que retira o direito aos 25 dias a muitos trabalhadores; a marcação unilateral de «pontes»; deixar de passar ao quadro trabalhadores contratados do processo, como anteriormente sucedia.
Os processos disciplinares levantados ao dirigente sindical, no Porto, tal como outros em curso na refinaria de Sines, visam enfraquecer as organizações dos trabalhadores e retirar direitos, acusa a célula comunista, imputando ao conselho de administração «muita responsabilidade nestes abusos e na manutenção destes comportamentos».
Para o PCP, «as acções do CA servem para comprovar que a luta dos trabalhadores da Petrogal é justa e para os motivar ainda mais, para continuarem a reivindicar que a administração cumpra a sua obrigação de respeitar os direitos dos trabalhadores, repondo o que está estipulado no AE».
A denúncia da obstrução ao direito à greve na Petrogal já foi feita, este ano, por duas vezes na Assembleia da República pelo deputado do Partido, Jorge Machado, refere-se ainda no comunicado.